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7 de março de 2013

Fernandinho Beira-mar vai assumir o controle da luta contra o tráfico de drogas?

O deputado e pastor Marcos Feliciano
"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica."
"a maldição q Noe lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, dai a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!"
"Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos"
"Não foi racista. É uma questão teológica. O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África"
"a AIDS é o câncer gay"

Essas frases acima são algumas frases ligadas ao novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o deputado pelo Partido Social Cristão (PSC), Marcos Feliciano.

Posso contar uma história para vocês?

Era uma vez um homem que adorava artes e animais. Esse homem era considerado um intelectual da época e tinha em si um sentimento nacionalista muito grande, participando de uma guerra e logo depois, após alguns percalços, liderando um movimento político que tomou conta de seu país em um momento de grande crise e aflição do povo. Esse homem assumiu o poder e iniciou reformas. Ele queria cuidar de seu povo, mas havia um problema nisso. Para ele, seu povo era superior a todos os outros e, por isso, os outros deveriam ser exterminados. Iniciou-se assim uma matança generalizada de todos aqueles que eram diferentes ao seu povo. Felizmente, outras pessoas viram isso e resolveram combater esse homem. Após muito empenho e quase 12 milhões de mortes civis, esse homem foi finalmente derrotado.

Após toda essa confusão, perceberam que o único modo de proteger a humanidade de um novo terror como esse era unir todos os povos em prol de um bem comum. Nesse cenário (que foi tumultuado por muitos jogos políticos, mas isso não vem ao caso), surgiu, em 1946, a Organização das Nações Unidas (ONU), que em 1948 editou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mais belo e importante documento já escrito na história da humanidade.
"Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição." (Artigo 2, da Declaração Universal de Direitos Humanos)
Mas essa carta era apenas um documento qualquer. Um pedaço de papel que não tem importância nenhuma sem a interferência humana para fazê-lo valer algo. E é para isso que países ao redor do mundo todo criaram comissões de direitos humanos, com o ideal de fazer com que essa carta fosse respeitada e ganhasse validade.

Pensando nisso, nossa Câmara dos Deputados criou, em 1995, sua Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que tinha a missão de fazer vigília para garantir que os direitos humanos jamais fossem desrespeitados por nenhuma lei ou ato público e, também, que pudesse lutar pelo direitos de minorias (ou maiorias) que sofressem ataques aos seus direitos fundamentais.

Vendo isso, é com total desgosto que assisto, hoje, 07 de março de 2013, a eleição do pastor Marcos Feliciano a presidência da CDHM. Esse pastor, que defende um deus que ataca minorias e martiriza milhares, não tem o merecimento de estar no lugar que ele agora ocupará.
Desmond Tutu, símbolo da luta contra o Apartheid
“Se Deus é homofóbico, como dizem, eu não veneraria a Ele.” (Bispo Anglicano Desmond Tutu, sulafricano e negro. - Um dos amaldiçoados, segundo diz o deputado Feliciano.)
É uma lástima e não podemos fechar os olhos para isso. Adiante, nação! Precisamos mudar!

Abaixo o vídeo da renúncia do, até hoje, presidente da CDHM, Domingos Dutra que, junto com outros parlamentares do PT e do PSOL, abandonaram a comissão por não aceitarem participar da sessão que elegeria Marcos Feliciano como novo presidente da comissão. Dutra também protestou contra a proibição da entrada de movimentos civis dentro da comissão, por ordem do presidente da câmara dos deputados Henrique Eduardo Alves. Algo muito comum de ocorrer durante a ditadura militar.



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