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Cena de Amor, Estranho Amor, de 1979 |
Há pouco tempo escrevi um texto sobre a manipulação pela informação e o controle do passado no Guia Crítica Política. Esse texto parece mais do que essencial para entender o caso de Xuxa.
Maria da Graça Meneghel, conhecida apenas como Xuxa pelo grande público, perdeu há pouco tempo uma batalha judicial contra o buscador do Google. A Rainha dos baixinhos queria que o Google bloqueasse a pesquisa por fotos nuas exibidas no filme Amor, Estranho Amor, de 1979, e em um ensaio para a Playboy brasileira, ocorrido em 1982.
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Capa da Playboy, de dezembro de 1982 |
É um tanto quanto abismal a atitude de Xuxa, que tenta apagar o passado, manipulando aquilo que é divulgado atualmente. Ela não será a primeira, nem a última mulher que participa desse tipo de produção e depois se arrepende. Mara Maravilha trabalha em sua carreira gospel e nem por isso tenta apagar o passado, utilizando-o para ensinar outras pessoas. Algo que Xuxa, como heroína de uma geração poderia fazer.
A tentativa de Xuxa corresponde a censura de informação. Ela tenta apagar os traços de seu erro, proibindo sua veiculação. O que Maria da Graça não sabe, é que isso jamais será possível na era da internet. O único modo seria ela implantar uma barreira parecida com a implantada pela China (que frequentemente é violada). Algo completamente fora da realidade e da pseudoliberdade brasileira.
Além disso ela consegue cair no chamado efeito Streissand, quando, ao tentar esconder algo, removendo-o ou censurando, faz com que todos se interessem por isso, como ocorreu com a mansão de Barbra Streissand e com o vídeo de Daniela Cicarelli há alguns anos atrás.
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