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23 de maio de 2012

PARALISAÇÃO DA UFAL

Silêncio criminoso durante a paralisação que já dura 50 dias.

Em mais uma omissão covarde da imprensa brasileira, a paralização do campus Arapica Universidade Federal do Alagoas, que já dura 51 dias, é quase que completamente ignorada.

A situação começou com a expansão do presídio Desembargador Luís de Oliveira Sousa, que é separado da Universidade Federal apenas por uma cerca. Segundo o Reitor da Universidade Luís Lobo, em entrevista para o Portal Terra, anteriormente o presídio era de regime semiaberto e não oferecia maiores riscos aos estudantes e funcionários, mas após a sua expansão teria agregado presos de maior periculosidade em uma estrutura não adequada para tal mudança.
Tiros tornaram-se sons comuns ouvidos de dentro da universidade. Segundo relatos de estudantes, no dia 25 de abril, às 10 horas da manhã, no mínimo 4 tiros foram disparados. Entre os dias 12 e 13 de abril houve ainda uma rebelião no presídio.

Falta de estrutura da penitenciária
Na última fuga que teria sido registrada, no dia 2 de abril, houve participação de dois veículos e quatro homens, que adentraram os recintos da universidade para efetivar a fuga.
Todas essas situações colocam em risco a vida e a integridade física e moral dos estudantes. Em meio a tudo isso, o silêncio da grande mídia, que poderia criar pressão objetivando a resolução dos problemas torna-se um crime tão grande quanto a irresponsabilidade daqueles que decidiram por colocar o presídio em tal local.



A resolução que pode se seguir para esse caso, será a transferência dos internos para presídios da capital, Maceió. Outro erro, tendo em consideração a superlotação dos presídios da capital, o que pode gerar apenas mais problemas.

Professores, reitoria e estudantes, se uniram nessa greve, para enfrentar nosso falho sistema prisional, que parece não ter um pingo de responsabilidade (ou seria falta de cérebro?) para tomar decisões e acabam fabricando situações como a que ocorre em Alagoas.

Durante a paralização, os estudantes ainda demonstraram uma lição de civilidade utilizando uma reunião sobre os protestos para doação coletiva de sangue no HEMOAR da cidade.

Os participantes da greve afirmaram que o retorno ocorrerá apenas no momento em que o presídio for desativado.

Outro silêncio criminoso ocorre com o senador Fernando Collor de Melo, que desde o início do problema não se manifestou, demonstrando sua falta de comprometimento com seu próprio “feudo”, que parece ser como ele enxerga o estado do Alagoas.

Até a finalização desse artigo, o silêncio criminoso do “Senhor do Alagoas” e da mídia pertencente à esse senhor continua.


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