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26 de fevereiro de 2012

Potencial de Guerra 1: Relembrando o passado e a ascensão nazista para observar o mundo atual.


Hitler (esquerda) recebendo o cargo de Chanceler das mãos de
Hiddenburg (direita), sob os olhos atentos do público.

Nos anos 30 a Europa vivia um período de grande crise, que se seguia à quebra da bolsa em 1929. O dinheiro que os estadunidenses investiram na reconstrução da Europa após a primeira guerra mundial começou a ser resgatado desesperadamente, enquanto os investidores viam suas fortunas investidas em Wall Street desaparecerem. A única salvação visível era o resgate do dinheiro investido na Europa.

Esse clima de recessão tomou uma dimensão maior nos países que foram derrotados durante a primeira Guerra, principalmente a Alemanha que, quebrada e endividada pelo tratado de Versalhes (espólio de guerra), necessitava desses investimentos para propiciar sua própria reconstrução e crescimento.

Durando o fim dos anos 20, a Alemanha observou um crescimento econômico considerável, graças aos investidores estadunidenses, que observavam nas necessidades alemãs uma forte possibilidade de lucro. Mas então com a quebra da bolsa, a Alemanha foi tomada novamente pela crise.


O NSDAP, partido de Hitler, que estava enfraquecido devido, entre outras coisas, à tentativa do golpe em 1923, observou aquilo como uma oportunidade de crescimento.

Quando observamos a humanidade, torna-se claro que o ódio tende a diminuir enquanto as necessidades materiais são saciadas. Percebendo isso, percebemos também que enquanto a economia alemã cresceu, durante o final da década de 20, os sentimentos de revanchismo pós-guerra, o antissemitismo, o racismo e a xenofobia mantiveram-se controladas. Mas a quebra de 29 afundou novamente os alemães em uma crise econômica de grandes proporções, trazendo, com isso, os velhos sentimentos de volta.

O NSDAP conseguiu tirar proveito dessa crise, elevando-se de poucas cadeiras no parlamento, para um nível considerável de parlamentares. Com discursos extremistas, ela promete a ascensão econômica ao povo alemão. Hiddenburg, então presidente sem partido da Alemanha, observou isso e, para utilizar o crescimento de Hitler em seu favor, já que não tinha um partido que o representa-se no parlamento e enfrentava dificuldades políticos por conta disso, trouxe-o para o seu lado, nomeando-o chanceler (equivalente ao nosso Ministro da Casa Civil) em 1933.

Hitler recebe do então presidente Hiddenburg poderes quase ilimitados para lidar com os assuntos de governo. Então Hiddenburg morre e Hitler utiliza o grande poder propiciado pela crise para nomear-se líder supremo, sob a denominação de Fuhrer (um termo alemão já utilizado e de grande popularidade junto às massas).

Cabe frisar a aparente semelhança econômica entre a ascensão do NSDAP de Hitler com a situação que vivemos hoje em países como a Grécia, Espanha e Portugal, que também podem propiciar um largo crescimento de ideologias extremistas, que prometam proteger os cidadãos. Isso já começa a acontecer na Grécia, ocasionando, na minha visão, um grande risco nos próximos anos.

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