Dentro de debates
políticos, é muito comum a observância de pessoas defendendo certo partido
político. Por vezes personificando esse partido a um nível extremo e com a
crença cega e total em qualquer decisão política do partido defendido. É algo
muito comum.
No outro lado, vemos
o efeito contrário. Pessoas que nutrem um ódio por outro partido político e,
por vezes, demonizam esse, sem importar-se minimamente se as ações propostas
por tal partido são benignas ou nocivas dentro de suas visões. Também é algo
muito comum.
Em ambos os casos,
temos a presença da irracionalidade causada por um preconceito, tendo em
primazia a presença de um forte aspecto emocional cegando-as. Para essas pessoas
não há importância sobre os benefícios e malefícios causados pela ação política.
Dois partidos podem praticar ações idênticas, mas um será amado e o outro
odiado.
Ou mesmo se
percebemos que na maior parte das ações o governo Dilma é uma continuidade do
governo Lula, também poderemos perceber que a atual presidente acaba por
receber críticas muito menores do que as recebidas pelo antigo presidente. Mas
isso parte do outro lado também, com Lula sendo endeusado por alguns setores da
sociedade.
Todos os políticos
cometem erros. Alguns simplesmente por inabilidade e outros por mau caráter.
Mas também podemos afirmar que todo político também comete muitos acertos ou,
então, o Brasil não se encontraria na situação que muitos consideram como confortável
hoje. Conseguindo um bom crescimento enquanto luta contra a inflação e consegue
manter-se afastado da crise econômica que abala o mundo.
Mas, retornando ao
assunto, essa atitude chamada por muitos de partidarismo, acaba tornando-se um
fator importante da política, causando certo conforto – que não deveria existir
– em alguns políticos por saberem que, não importa quais erros cometam, seja
por inabilidade ou mau caráter, ainda terão seus fiéis seguidores, que o
garantirão em uma próxima eleição.
O mundo é feito por
opiniões diferentes e a arte do contraditório pode ser considerada a obra-prima
dentro desse mundo. O contraditório partidário é belíssimo, mas o contraditório
apartidário, sem a existência de lado pré-concebido de opinião, mas com a
simples observância de uma atitude e sua visão sobre ela, torna-se ainda mais
belo, por traçar ao mundo a sua visão sem, com isso, tornar-se dependente de
uma figura partidária personificada.
Mas talvez isso seja
uma característica humana irreversível. Acontece muitas vezes com amizades,
quando um amigo se sujeita aos erros do outro apenas levando em consideração a
amizade, esquecendo-se dos males que podem ser causados por tais erros. Assim
como o contrário acontece, quando um inimigo comete um grande acerto, mas tal é
negligenciado e até combatido, sem importar-se com os benefícios desse acerto.
Isso é o que eu chamo de “amizadorismo”, tomando a liberdade de criar uma
neologia por não encontrar outra palavra adequada para tal definição. Se essa é
uma característica irreversível ou não, eu não sei, mas espero realmente que
seja apenas mais um defeito cultural humano a ser combatido e eliminado
futuramente, pois ele apenas atrapalha a evolução gradual da nossa espécie.
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