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10 de outubro de 2012

IMEDIATISMO NOSSO DE CADA DIA...



“Eu quero esse trabalho para ontem!”

Quantas vezes você não ouviu esse pedido no seu trabalho ou, até mesmo, na sua sala de aula? É algo comum esse tipo de pedido em um mundo onde as coisas ocorrem cada vez mais rápido. Mas até onde esse imediatismo pode prejudicar um bom rendimento, a sua qualidade de vida ou a própria humanidade?

Nosso desejo por resultados rápidos acaba minando muitas coisas que nos seriam boas, pois quando não ocorre, como na maioria das coisas e vezes, acaba causando um certo desconforto e descontentamento, que pode levar a um desencorajamento.

Podemos observar isso em pessoas que tentam emagrecer e que, quando esbarram no fator tempo, acabam desestimuladas e desistindo das dietas. O emagrecimento é ainda um dos maiores desestimuladores, pois, quando começamos uma dieta regular, tendemos a perder peso muito rapidamente no início, mas, com o passar do tempo, a quantidade de quilos perdidos começa a diminuir (por vezes até ganhamos um pouco de peso, quando nosso corpo se regula com nossa dieta). Claramente, a longo prazo, se continuarmos com o que já estávamos fazendo, perderemos peso e chegaremos ao resultado ideal. Mas o tempo é um fator absoluto e desestimulante. Adoramos começar dietas pensando em “entrar naquela roupa ideal” após duas semanas, mas raramente pensamos em chegar no nosso peso ideal nos próximos 6 meses, por exemplo. O desejo imediato por resultado, acaba apenas nos atrapalhando.

Podemos usar muitos outros exemplos para explicar os malefícios do imediatismo dentro da nossa cultura: Um jovem apaixonado, louco para conquistar o pretendente parceiro rapidamente, sem trabalhar adequadamente sua relação; o jovem estudante, que começa a estudar algo e esperar saber tudo sobre o assunto nas próximas 24 horas; ou o desempregado que, mesmo tendo um bom currículo e não tendo necessidades imediatas, acaba aceitando o primeiro trabalho que aparece, perdendo a oportunidade de outro melhor.


Não minto. Aguardar é sempre um risco, assim como todas as outras coisas na vida. Podemos aguardar demais e passar do ponto ou perder uma oportunidade maravilhosa. Mas os efeitos negativos ainda são muito menores do que os efeitos causados pelo imediatismo que invade nossa sociedade.

Hoje as pessoas não tem mais a capacidade por esperar por algo. Uma criança quer sempre as coisas na hora. Nosso bolso é muito afetado por esse imediatismo. Se vemos algo que desejamos, não queremos esperar e pensar sobre a necessidade daquilo e simplesmente compramos o que estiver a nossa frente.

Mas o imediatismo não causa transtorno apenas nessas pequenas coisas. Nossa política acaba sendo largamente afetada pelo desejo de resultados rápidos. Nossa política educacional? Tem que apresentar resultados nos próximos anos ou, então, cortaremos a cabeça do nosso ministro da educação. Não importa se outros países, nos quais o Brasil se espelha, resolveram seus problemas educacionais com uma política de 20 anos ou mais. O Brasil deve chegar no mesmo patamar agora! Não importa se o problema de violência nos países nórdicos foi resolvido ao longo de século. O Brasil deve resolver seu problema de violência agora!

Quando proibiram as sacolinhas plásticas, muitos falaram que não causaria efeito nenhum e que pagar por novas sacolinhas feririam seu bolso. Estavam quase certos. A não utilização de sacolinhas plásticas não resolveria nossa problema ambiental, mas seria um passo para essa melhora, que viria com o tempo e com outras políticas. Mas nosso imediatismo e outros fatores (financeiros), não nos deixam enxergar isso.

Elevando essa discussão a um nível mundial, podemos lembrar do tratado de Kyoto. Os países que rejeitaram o tratado, falaram que aquilo não resolveria realmente o problema (fora que novamente esbarrou com o fator financeiro) e que demoraria. Resultado? Nosso meio ambiente encontra-se cada vez mais prejudicial a nossa existência e hoje o tratado de Kyoto, mesmo se seguido a risca, realmente não resolveria nunca os problemas que ele deveria resolver.

E assim seguimos com o péssimo ato de querer as coisas apenas para agora, sem imaginar, por vezes, os danos que eles causam a nós e ao mundo ao nosso redor.

Deixo apenas uma dica, que dei também a uma amiga: Às vezes é preciso relaxar e esperar.


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