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12 de julho de 2012

A POLÍTICA NA ERA DA INTERNET E AS LIÇÕES DE OBAMA

Banner de Obama dentro do modo online do game Burnout: Paradise City
Em 2008 o fenômeno Barack Obama alastrou-se pela internet mundial. O atual presidente estadunidense foi responsável por uma onda de informação virtual imensa. Você encontrava a imagem de Obama em tudo, desde seu próprio twitter - tornando-se referência no assunto - e tendo até sua imagem vinculada em um game, aparecendo no modo Online de Burnout: Paradise City, da Eletronic Arts.

Obama e sua equipe conseguiram fazer algo que nunca mais conseguiu ser repetido, ao alastrar seu nome e imagem por toda a internet. Como dito, um dos responsáveis por isso foi o Twitter do então candidato, que foi utilizado como fonte de informação sobre a campanha, vinculando anúncios com exclusividade, como o anúncio de John Biden como candidato a vice-presidente, na época.

Pegando carona nas lições de campanha de Obama, as nossas eleições presidenciais de 2010 foram anunciada como as "Eleições da Internet", denominação que não poderia estar mais errada.

As eleições brasileiras jamais ocorreram, exceto por uma manifestação em prol da candidata Marina Silva, mas que partiu dos internautas e não da ex-presidenciável, demonstrando a falta de habilidade dos políticos para utilizarem a internet.

Marina Silva teve um forte apoio online,
mas não soube utilizá-lo
Os políticos brasileiros são muito passivos, evitam defesa de ideais que possam causar discórdia e ainda estão presos em velhos métodos de publicidade, bastando ver a guerra pelo tempo de TV que aconteceu nos últimos tempos. Obama revolucionou indo contra tudo isso, formentando discussões, fazendo anúncios e utilizando massivamente a internet como uma fonte de publicidade. Enquanto isso por aqui, vemos políticos postando fotos e mandando pequenas mensagens positivas no Facebook e Twitter, sem em nenhum momento trabalhar suas bases ou entrar em discussões.

Os candidatos brasileiros mostram não conhecer nem mesmo alguns pontos básicos da internet. Vários deles utilizam-se de métodos para arrecadar seguidores no twitter e no Facebook, seja pagando ou utilizando Bots. Jamais esquecem de falar sobre o número de seguidores no twitter, defendendo que aquilo mostra o apoio que ele tem. Não poderia estar mais errado.

Mesmo fora do ambiente político, há um erro comum no Brasil de achar que o seguidor virtual é um apoiador natural de algo. Fora da internet esse até pode ser o significado de seguidor, mas no mundo virtual o conceito ganha um significa completamente diferente, já que você pode seguir alguém para tentar saber as últimas novidades e, ao mesmo tempo, criticá-lo massivamente.

A política brasileira ainda está longe de estar preparada para a revolução virtual nos moldes do Obama, do mesmo modo que nosso modelo político também está longe de alcançar o modelo estadunidense, que, mesmo estando longe da perfeição, ainda encontra-se a anos-luz de distância do nosso.


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