Dunga, manipulação, TV Globo e Copa do Mundo.

Talvez alguns prefiram esquecer a copa do mundo de 2010, em razão da eliminação da seleção brasileira nas quartas de finais, contra a Holanda. Alguns lembram como se fosse uma seleção brasileira horrível, esquecendo-se de todas as vitórias que tal seleção teve e do aproveitamento de 78% do treinador Dunga no comando dela.

Lembro-me do jogo contra a Holanda, que prometia ser um jogo difícil, mas logo no começo o Brasil mostrou sua superioridade em campo, não demorando muito para marcar o primeiro Gol. Penso que o futebol é feito de detalhes e esses detalhes causaram a derrota da seleção brasileira naquele jogo. Uma falha grotesca de Julio Cesar, considerado o goleiro mais valioso do mundo naquela época, e o temperamento difícil e já conhecido (como foi mostrado no jogo contra Portugal, na briga com o zagueira Pepe) de Felipe Melo.

O vídeo abaixo, mostra algo que ocorreu durante a copa. Na ocasião o treinador da seleção brasileira na época, Dunga, ofendeu o repórter da Globo, Alex Escobar. Fato ocasionado por um mal entendido, segundo a emissora carioca. Segue o vídeo:

Sem dúvidas, Dunga cometeu um erro ao proferir tais palavras. A Emissora exibiu as imagens em todos os jornais de sua grade de programação, crucificando o treinador da seleção brasileira.

Dunga, na coletiva seguinte, assumiu seu erro e teve hombridade para assumir seu erro e desculpar-se publicamente sobre suas declarações, deixando, em seu discurso, margens para refletirmos sobre o real ocorrido durante tal situação, citando possíveis problemas particulares aos quais o torcedor não teria culpa. A Globo jamais, pelo que me lembro sobre o fato, exibiu o pedido público de desculpa de Dunga ao torcedor. Pedido mostrado no vídeo abaixo.

O que parece ter ocorrido foi uma clara manipulação global, em favor da queda do treinador Dunga de seu cargo. A Rede Globo jamais foi imparcial nesse caso, crucificando o treinador e jamais deu a Dunga o direito de resposta.

Em minhas pesquisas sobre o assunto, encontrei informações sobre um acordo que teria ocorrido entre a Rede Globo e a CBF, concedendo à emissora exclusividade para entrevistar três jogadores, entre eles Luís Fabiano, e exibir no Fantástico daquele dia. Dunga vetou a entrada da mídia dentro da concentração, como já era de conhecimento geral. A rede Globo esperava que, após a vitória contra a Costa do Marfim, os jogadores receberiam uma folga, fato que não ocorreu. Dunga, durante o vídeo dos insultos, explicava esse motivo: se ele desse folga aos jogadores, a imprensa estaria atrás deles e aquilo não seria uma folga real, mas sim trabalho, e, já que era para trabalhar, o melhor seria eles trabalharem na concentração, preparando-se para o próximo jogo.

Segundo outros jornalistas presentes, durante a coletiva de Dunga, Escobar estaria conversando com Tadeu Schmidt sobre o ocorrido e, ao dunga comentar o caso de Luís Fabiano, ele teria proferido ofensas ao treinador, que teriam sido escutadas por Dunga, que, por sua vez, teria respondido tais ofensas, cometendo um erro.

Pelo que se pode ver, não é permitido aos jornalistas da Rede Globo, terem suas opiniões próprias sobre o ocorrido e todas as opiniões divulgadas, seriam da cúpula da Emissora carioca. Tal fato pode ser visto na comparação dos vídeos abaixo.

À Globo não era proveitoso a manutenção do treinador e suas políticas, que desafiavam todo o poder da emissora, dificultando o acesso aos jogadores. Dunga desafiou a própria CBF, que tem uma relação muito próxima a Globo, como pode ser visto durante a compra dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro, quando houve uma disputa entre Globo e Record, vencida pela Record oficialmente, mas sendo restituída à Rede Globo nos bastidores.

Segue uma imagem de Dunga, jamais mostrada pela emissora carioca:

A manipulação de imagens já não é nenhuma novidade na Globo. O próprio Boni, antigo chefão da emissora, assumiu, em seu livro recém-lançado "O livro do Boni", a manipulação ocorrida no debate entre Lula e Collor, em 1989, para o segundo turno da eleição para a presidência.